segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Operação Verão: Maquiagem incompetente.


Os anos passam, as temporadas se vão, governos mudam, o descaso e a incompetência administrativa continuam e povo sofrendo.

Basta umas voltas pelo centro e orla para ver a maquiagem das ruas e placas, calçadas e lixeiras, aparenta uma cidade limpa e preocupada com o bem estar de seu povo, engano quem pensa assim, pois se trata apenas de dar uma aparência melhor para os olhos daqueles que aqui vêm passear, pois nós os residentes perenes sabemos que é uma farsa.

Adentre-se aos bairros, locais onde residem os moradores e espantar-se-ão com o abandono, ruas sujas sem placas, buracos e poças, lixo espalhado, cavalos e cachorros soltos, mendigos, entulhos e despejos de obras nas ruas, parece outra cidade..., e é!

Não obstante a majoração da tarifas de energia, a remarcação gananciosa do comércio em geral, a truculência policial, teremos limitados os serviços públicos e atendimentos nos PAs e hospitais insuficientes e obsoletos em instalações e atendimentos, pois nunca atendeu nem a demanda natural dos moradores.

Dizem que a abertura da operação verão será em 16/12 e irá até 26/02 após o Carnaval e ai tudo voltará a ser como dantes na praia do Abrantes. Reuniões e mais reuniões estão sendo feitas, secretários do novo governo buscando contribuições a partir de experiências com os prefeitos como se não soubessem as carências de nossas cidades litorâneas, que ficam ao abandono ¾ do ano, porquanto não sensibilizam governantes. Querem garantir a visitantes e turistas a tranqüilidade na temporada de verão o que não é oferecido ao povo no restante do ano. Por quê?

Porque essa atitude governamental é a confissão explícita das necessidades do litoral que são negadas durante todo o ano e que, mescladas pelo aumento populacional de veranistas e turistas, obriga uma ação efetiva de administração para que não se instale o caos. Todos os órgãos do governo sabem da penúria das nossas cidades litorâneas, fazem delas seus quintais de lazer onde se preocupam tão somente nos períodos em que aqui estarão, depois, como Pilatos... lavam as mãos.

Péssimos indicadores dão-nos conta que o litoral paranaense anda na contramão de desenvolvimento, enquanto o Paraná emplaca o IFDM de 0,8226 (segundo do ranking brasileiro) somente atrás de São Paulo (0,8796) o melhor IFDM da região (Paranaguá) é de 0,6932 igualando-se ao Ceará e os demais municípios do litoral igualando-se a Alagoas.

Outro indicador divulgado pelo IBGE alerta para o baixo desenvolvimento social e econômico da região, enquanto moradores de Curitiba tem renda de R$ 1.273,00, Matinhos considerado o melhor não passa de R$ 682,00, Guaratuba R$ 617,00. Os índices de pobreza extrema também apontam baixo desenvolvimento, bem como os de emprego e renda, saúde e educação.

Esses índices estão ao alcance público e podem ser acessados por qualquer um, até esse governo que se reúne com prefeitos, onde todos fingem nas reuniões, estarem discutindo as necessidades e experiências que serão “essenciais para um planejamento eficaz” palavras do Secretário do Meio Ambiente, entretanto decisões com caráter permanente que tragam investimentos na melhoria da qualidade de vida do cidadão residente, nem na época das eleições!

O litoral paranaense não merece os políticos que fingem ignorar esses indicadores. Enquanto não levarem a sério o pagamento de royalties à municípios com extensas áreas de proteção ambiental, que são impedidos de se desenvolverem, estes não terão como melhorar e crescer com qualidade.

Texto e foto do Blog

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