Guaratuba há muitos anos iniciou sua trajetória
"turística" sendo um quintal de Curitiba e os senhores especuladores,
proprietários de grandes áreas, optaram em construir suas moradias de verão
aqui, servindo-se dos nativos como caseiros. Isso fez com que, o segmento
imobiliário crescesse e direcionasse para a construção de casas de veraneio,
deixando de lado a construção de hotéis e pousadas, que daria um contorno
diferente ao que poderia ser um futuro para o turismo.
Hoje temos centenas de casas vazias em nove meses por ano,
que são um imã para larápios, uma indústria de construção que reverte lucros aos
grupos da construção civil, desvinculados da vocação natural da cidade.
Essa situação gera subempregos, mal remunerados, sem o mínimo respeito às leis trabalhistas, além do que é extremamente concentradora de renda, o que veio provocar os bolsões de miséria no entorno da cidade. No rastro, os estabelecimentos comerciais praticam o emprego sazonal e contratos de experiência, que após a temporada, vem o desemprego, mesmo porque, empregos efêmeros não requerem especialização, por isso, a mão de obra especializada é difícil aqui e quando existe não é contratada porque é cara.
Essa situação gera subempregos, mal remunerados, sem o mínimo respeito às leis trabalhistas, além do que é extremamente concentradora de renda, o que veio provocar os bolsões de miséria no entorno da cidade. No rastro, os estabelecimentos comerciais praticam o emprego sazonal e contratos de experiência, que após a temporada, vem o desemprego, mesmo porque, empregos efêmeros não requerem especialização, por isso, a mão de obra especializada é difícil aqui e quando existe não é contratada porque é cara.
Reverter essa situação é complicado, pois, uma cidade de
pequena população (baixa temporada e inverno) estimula apenas pequenos
comércios, isso responde o porquê de grandes empresas não se instalarem no
município. Crescer, aqui na cidade é construir mais casas, cuja destinação é
ficar abandonadas à espera de compradores. Enquanto isso ocorre fica toda a população
laboral da cidade escrava de comerciantes que querem trabalhar três meses a fio, levando a qualidade do que é
oferecido à níveis baixos, por extenuação de seus empregados, porém os salários
não acompanham essa maratona, o lucro sim!
A ACIG de Guaratuba deveria ser o catalisador dos anseios da
cidade, ouvindo não só os setores que lhes interessam, mas todos os envolvidos
no contexto que se quer para o futuro da cidade e que até agora não se definiu.
A criação de festas em datas e feriados foi uma saída para atrair “turistas”
fora do verão, mas com o mesmo objetivo, ganhar dinheiro, entretanto,
persistindo essa política que não encara seriamente a qualidade de vida e a do
turismo, restará para todos, essa cidade sem comando político administrativo,
sem política de desenvolvimento, sem um turismo economicamente forte e dinâmico
e pior, sem um futuro digno para nossos filhos.
Texto de Daniel MM
Foto do Blog
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É o que eu sempre falava para meu avô que Guaratuba que precisa deixar de ser pólo turístico para se especializar em uma atividade menos sazonal do que o verão.
ResponderExcluirÉ lamentável Roger, comerciantes da cidade, pouco qualificados em áreas de atuação, impedem a vinda de concorrência saudável, porquanto, só sabem operar de casa cheia, nas temporadas. Abraços
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