quinta-feira, 3 de maio de 2012

Não tem promoção e nem pra mocinha !!!

Pelas discussões sobre gentílicos guaratubanos e ou guaratubenses, sejam corretos ou não, tratamos aqui e hoje da exploração de guaratubanos por guaratubanos, onde, sem nenhuma consideração, os preços de alguns produtos e serviços vão à estratosfera com a desculpa da demanda.
Demanda pode ser interpretada como procura de produto para consumo, entretanto, aqui em Guaratuba não existem variáveis que alterem a demanda já que, é sempre previsível a presença do comprador nas temporadas, e sendo esse um grande volume de pessoas, a preparação dos comerciantes pode ser antecipada pelas compras de bens para estocagem, propiciando preços melhores ao consumo.
Mas...não é o que ocorre em nossa cidade, muito ao contrário, alguns custos fixos dos comerciantes não se alteram, o que não justifica a grande remarcação de preços, e mesmo porque, seus fornecedores atacadistas não estão sujeitos à essas variações de demandas.
Comércio de alimentos, combustíveis, energia, aluguéis, materiais de construção, decoração, imóveis e uma infinidade de outros produtos são majorados em função da temporada e, inocente, aquele que acha que um faturamento desse volume traz consigo um aumento de tributos e receitas para a cidade, pois, aqui tal qual a Itália, estabeleceu-se a atitude de sonegação como “prima cosa”.
Moradores que somos sofremos sempre, pois, alguns preços de produtos voltam a seu patamar de origem, como os combustíveis, por exemplo, que apesar de elevado e às vezes batizado, sofre redução, entretanto outros, sob o manto da demanda decrescente, justificam-se mantendo os produtos com valores majorados.
Sabemos que os que podem, suprem-se do mercado de Joinville/SC, por estar geograficamente perto e, apesar de turística, a cidade oferece uma concorrência salutar entre empresas de renome, o oposto de nós, que não conseguimos atrai-las, porque nivelamos nossa atração turística por baixo e o consumo acompanha a oferta.
Enquanto perdurarem duas situações turísticas na cidade, o paradoxo entre Morro do Cristo e a Praia dos Magistrados, teremos dois polos economicamente díspares e conflitantes, com turistas e veranistas de diferentes naipes, ocupando os espaços do além praia transformando o comércio da cidade em uma babel econômica, onde uns não consomem porque não podem, porquanto, outros porque não gostam.
A estabilidade de preços pode simplesmente existir a partir da mudança de foco e da situação geográfica da avenida gastronômica da cidade, pois, acreditem, uma refeição em um restaurante beira-mar, é infinitamente mais agradável do que longe do mar, mesmo que mais dispendioso, o que no momento não vale para os quiosques, visto que são limitados e acanhados.
Alguns como Oceano, Blue Bay, Salt, Swell, Famiglia Smaniotto, são pioneiros no bem atender e trazem novidades nos cardápios, no atendimento e nas instalações, o que pode estimular a vinda de outros tão bons quanto e também provocar uma mudança no “status” dos repetitivos restaurantes da avenida 29 de abril, cuja cara parece uma só, inclusive os cardápios.

Guaratuba vive um momento saudável e de bons investimentos, elogiada por todos os que aqui vem e por muitos de outras cidades, inclusive de SC, os setores que controlam a economia da cidade devem ficar atentos para a exploração exacerbada e gananciosa tanto no período de alta temporada, quanto na baixa, sob pena de continuarmos perdendo terreno para outras praias
Foto e texto do Blog

Um comentário:

  1. Concordo Daniel e já que tocou no assunto, acrescento o seguinte pensamento que já ouvi de vários moradores daqui:
    Por que as lojas de roupas ou móveis, por exemplo vendem suas peças tão caras, enquanto que os moradores são na maioria pescadores, ou empregadas domésticas? Não há lojas populares, e quem pode vai ou à Joinville ou Paranaguá para comprar. Mas e quem não pode? Como vestir uma família com crianças que precisam de roupas de inverno, e que pelo preço das peças não condiz com a realidade do cidadão guaratubano (guaratubense) que mal ganha um salário?
    Isso realmente é um disparate e não consigo entender, já que na temporada é mesmo o momento de ganhar dinheiro e justifica cobrar um pouco a mais, mas e depois? Como fica a situação dos moradores que até nisso têm que arcar com o ônus do turismo?
    Realmente existe mesmo essa exploração exacerbada e gananciosa em todos os períodos do ano, seja alta ou baixa temporada.

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