Nelson Justus: O Bombeiro do Richa!

Estive lá, acreditei que na primeira seção ordinária (pois nas extraordinárias não foi possível) seriamos contemplados com discursos dos representantes municipais sobre mudanças e posturas que beneficiariam todo o segmento populacional da cidade, já que se tratava de primeira manifestação pública de nossa nova casa de leis, 77% alterada em sua composição.

Enganei-me redondamente e entre discursos e falácias, puxa-saquismo e idolatrias vis, pude perceber o ranço postural dos antigos edis, “os reeleitos” com caras de poucos amigos, tipo de “saco cheio”, descontentes com as mudanças, porém obrigados a comparecer sem nenhuma motivação e conteúdo, talvez por não saber o que dizer, alguém everedou-se em conversas desconexas que foi de Anibal Curi a Nelson Justus. Lamentável!

Do restante, opinião nossa, o presidente Oliveira perdeu a oportunidade de fazer seu discurso libertário, onde posicionaria a força seu mandato de vereador e sua unção democrática a presidente da casa, mostrando ao povo a que veio e quais as mudanças comporiam as bases de nossa nova câmara, entre elas a defesa dos anseios do povo, esse povo que, com sua sabedoria, ensejaram a mudança.

Situação como essa abre a mim o espaço de lembrar nossa história, onde Dom João VI disse a Pedro: “ Ponha a coroa na cabeça, antes que algum aventureiro o faça”, não chamar para si o direito ao uso da coroa foi o erro do Mordecai, pois ao aceitar o discurso “oportunista” do Deputado Nelson Justus, o bombeiro do Beto Richa, cedeu um espaço precioso que poderia alçá-lo a defensor dos reclames da população.

Quase me emocionei com aquela conversa de que ele “ama” Guaratuba de tal forma que deixou de comparecer em outros eventos porque estava há três semanas sem vir aqui?!...Ridículo; estar ausente é uma coisa, vir aqui e discursar “contra” a necessidade da ponte é outra história, porém, ficou claro que o bombeiro naquela noite era ele e não o tenente do corpo de bombeiros que lá estava, pois o balde de água fria que causou impacto foi à veemência do deputado ao falar e “criticar as manifestações populares a favor da ponte sobre a baía”.

Todos, bobos e boquiabertos ouvindo o líder máximo da política, defenestrar todos nós, os partidários da construção da ponte, querendo nos ensinar como se administram os recursos governamentais, coisa que ele soube muito bem fazer quando administrou a presidência da Assembleia.  Alardear que desde 1989 já existe um projeto (engavetado) da ponte, inclusive com o entorno e áreas de escape, e que fez ele até hoje? Nada! Fez questão de deixar claro, em seu pronunciamento, a inconveniência de um movimento reivindicatório agora. Porém, esse foi o primeiro movimento e hoje, já esta perdendo forças, uma esfriada nos protestos até que a temporada venha e com ela voltem os mesmos problemas do ferry, filas e engarrafamento no transito.

Evidente e claro que em nossa defesa não sairão nenhum dos vereadores, já que o líder não se coroou, e todos ou quase, já tem sua cartilha para ler, só que tanto a construção da ponte quanto um hospital decente (não aquela maternidade reformada) e moderno depende é claro, de recursos, o primeiro de muito dinheiro, o segundo apenas de boa vontade do apaixonado por Guaratuba, esse senhor deputado que ama Guaratuba, porém quando necessita de tratamento médico ou hospitalar, não vem aqui no Novo Hospital de Guaratuba, deve tratar-se em médico particular em Curitiba ou, quem sabe, São Paulo, Nova York, Londres..., onde seu cacife o leve. Por ele não teremos a ponte e, a maternidade já a temos.  Reclamam de que guaratubanos?

Foto ilustrativa