Não há dúvida que o PT é o partido mais organizado de
todos, como também não há dúvida que o multipartidarismo é o maior responsável
pelo caos na política brasileira, onde muitas pequenas e insignificantes
legendas sobrevivem de vender apoio aos maiores partidos.
Por outro lado, na minha opinião, a obrigatoriedade de
votar somada a essa situação partidária em que todos se lançam no mercado
político ofertando maiores apoios em troca de benesses, faz com que a
governabilidade fique comprometida, exemplo claro das negociatas de apoio que
tem sido comuns nos últimos governos.
Essa permissividade legal de multipartidos traz junto aos seus mentores e criadores a certeza da obrigação de votar do povo, onde acreditam eles e contam com isso, que os votos serão sufragados, sejam a quem for, dando-lhes a oportunidade de negociar com os maiores partidos o apoio, desprezando seus programas e seus eleitores. Participando na partilha de cargos políticos e outras formas menos republicadas de benefícios, onde por nomeação sem mérito, além de sucatear os serviços públicos, permitem ao vencedor, perpetuar-se no poder.
Expert no jogo político e nas negociações com o
congresso, Lula, já consciente que sua pupila chegaria em setembro perdendo
impulso - que é o que ocorre - tinha no Eduardo Campos como seu foco, porém,
com a falta deste e as pesquisas dando resultados desfavoráveis à Dilma, ele
lançou mão do plano B, que é eleger o máximo de parlamentares do PT e alavancar
outros das pequenas legendas, criando uma forte base parlamentar de apoio.
O foco do plano são as presidências do Senado e da
Câmara, onde, uma vez conquistadas, terá todo o poder para até desestabilizar
um possível governo Marina, tal qual fez com o Collor, pois, sabe por experiência
própria que isso pode determinar e dominar a política do país!
Foto ilustrativa (Net)
Daniel MM
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