Há anos residindo
nessa cidade, cheguei aqui no Século XX, desde os tempos dos quiosques de fibra
na Praia Central, que nenhum comerciante da cidade, políticos, donos de
imobiliárias e outros, nunca se interessaram em possuir.
Passei por diversas gestões de prefeitos, vi coligações
absurdas, espúrias, todas apenas focadas em: Brasa pouca, meu palmito primeiro. Nenhum
deles, preocupado com o desenvolver da cidade e de seu povo, apenas procurando
uma teta para mamar.
Entretanto, acreditando que um dia uma luz brilharia na
cidade e fiz investimentos, comprei casa e tentei me tornar um cidadão
guaratubano, o que estou conseguindo a duras penas, porém, a sociedade
preconceituosa e provinciana, medrosa e omissa, com medo de tudo e todos, temerosa
que a concorrência salutar venha ferir seus interesses de ganhar muito com
pouco investimento, abominam o que eles chamam de intrusos... por isso a dificuldade em dividir
e conviver com essa situação.
Quando me atrevo no Face, aceito pessoas, analiso seus
perfis e até acredito no que vejo, destarte, no dia-a-dia, mesmo dizendo-se
formados na PUC, UFPR ou no Isepe (por exemplo), surpreende-me o tamanho do
besteirol que leio nas páginas, dando conta das origens sem cultura e do
momento atual sem leitura que vivem os indivíduos, e mesmo que se vangloriem de
serem "formadores de opinião" ou outra coisa no gênero, apavora-me
compartilhar suas postagens toscas mesmo quando sabemos que o corretor
ortográfico do Google existe para sanar essas deficiências, ademais, pessoas
extrapolam o uso do direito, invadem página e postam informações confidenciais,
expondo famílias e filhos, ao divulgar "na web", situações que podem
gerar riscos e responsabilidades.
Salvando-se algumas "cabeças raras", as quais
respeito, tive que mudar certas posturas, não minhas convicções, para poder
sobreviver nesse mundo onde o pior mandatário (iletrado) que já
tivemos foi ressuscitado pelo imbróglio do IPTU, como disse um amigo.
Morto
politicamente, foi chamado a posar de catalisador de anseios populares, surgindo na reunião, onde a maioria, indistintamente, sem ainda saber de nada, aprontaram uma correria na
casa de leis apenas por ouvi dizer que os impostos iam aumentar. Entretanto, sabemos
que o combustível mais caro do estado é aqui, os imóveis, aluguéis, o custo de
vida e que, os preços da maioria das coisas aqui são absurdamente caros e com
qualidade inferior, ai meu espanto: Aceitam calados, não se manifestam e nem
protestam, não se mobilizam, porquê?
Residem numa cidade que por muitos anos fingiu não ter as
mínimas necessidades que são prioridades em outras, abstiveram-se de cobrar de
dezenas de mandatários o mínimo em educação, segurança e saúde, o trinômio base
para iniciar um desenvolvimento, ressalte-se que, desenvolver para muitos aqui e
aumentar o contingente de "turistas e veranistas" que descem a serra,
nesse bate e volta, de porta-malas cheios de bebidas e comidas, hoje querem tudo que outrora nunca tiveram...
Mudei porquê? Porque não concordo em continuar fingindo
que as coisas devem permanecer como eram? Porque tenho que aceitar a volta do
retrocesso com políticos que não evoluíram e que veem o erário público como o
cofre de sua casa? Porque devo contestar e não acreditar que, comparativamente, a cidade melhorou?
Porque cansei de me manifestar em defesa de pessoas que não tem coragem de
mostrar a cara e por isso não se expõem? Porque nos intrincados jogos de interesses
todos daqui se sentem dependentes entre si? Porque desde que Cabral aqui chegou com
quinquilharias e presentes para iludir os caiçaras, o povo não se revolta em ser tratado como incapazes pelo Estado, através desse órgão que engessa o
progresso, chamado COLIT? Porque
regalam-se com o turista que faz do Ferry sucateado um passeio turístico,
porquanto, o povo que usa diariamente sofre pelo péssimo serviço! etc...
Se mudei por pensar assim, tomei a decisão certa!
"Quando os ventos de mudanças sopram, umas pessoas
constroem barreiras, outras moinhos de vento." (Érico Veríssimo)
Foto ilustrativa
Excesso de comodismo e falta de coragem do povo criam situações insolúveis. Todos esperando que alguém "levante a bandeira" e resolva tudo sozinho.
ResponderExcluirÉ a máxima de: "Não vou me incomodar, não tem jeito mesmo!
É por isso que não tem juito.