domingo, 29 de novembro de 2009

Guaratuba turística, utopia ou realidade? (PARTE 4)

(continuação)
Ganhamos e perdemos, sim, pode ser, porém jamais sem luta! Estamos cansados de sermos objetos de vingança política. Faculdade federal pra lá, hospital pra cá, isso e aquilo, como se nós não fôssemos merecedores. Que culpa temos nós se o político não ganhou eleições aqui? Temos todos que votar nele? E a democracia tão apregoada? E o direito de escolha não deve ser respeitado? Como já dissemos se ganha e se perde, porém o estadista é aquele governante que vê o povo como um todo, que enxerga a necessidade e dificuldades de seus cidadãos e, independente de resultado político, procura solucionar e contemplar a todos, como um pai que ama por igual todos os seus filhos.

      Por falar em hospital, uma necessidade premente na cidade, não mais uma visão de atendimento precário e insuficiente. Não podemos ter Joinville e Curitiba como nossa meta de atendimento, precisamos que seja nosso e com médicos capacitados em diversas áreas, emergência, UTI, ambulâncias e atendimento digno, não só para a população residente como também para a grande massa de turistas que aqui vem, afinal, o objetivo e dar a eles o que temos de melhor, para que saia daqui, retorne e angarie outros. Temos que ter os olhos voltados ao crescente fluxo de pessoas da terceira idade, pessoas de situação econômica definida, de escolaridade, de alto poder aquisitivo, em busca de um local aprazível e seguro para morar, porém, por enquanto aqui não poderão residir, é claro que a acessibilidade e o hospital são peças fundamentais no processo. Nada de ter o foco em turismo de garotada com som em altos decibéis, carnaval cheio de problemas e coisas do gênero, que aqui vêm atraídos pelo que ora se oferece, melhorando a oferta, automaticamente melhorar-se-á a procura. Vamos trocar a quantidade pela qualidade.


     Os que me conhecem sabem que amo de paixão a cidade de Guaratuba, que escolhi para construir meu novo viver, porém circunstâncias exigiram meu afastamento e sinto-me como se, afastando, deixasse de participar de seus problemas e de ajudar nas soluções. Não posso dizer que também sou vitima da falta de recursos médicos na cidade, porém posso afirmar que esse fato pesou na balança no momento da saída. Alguns podem até me condenar por não estar mais presente no dia a dia da cidade, porém até que ventos auspiciosos me tragam de volta não deixarei de participar como posso, afinal ainda temos coisas a fazer por ai. Aqueles que acham que essa manifestação no blog é uma crítica e talvez até um posicionamento político, enganam-se, político sim, sempre será um ato político, jamais, entretanto, político-partidário.


     O que deve nos interessar e a todos é o desenvolvimento - não um crescimento desordenado apenas – que traga a nossa cidade tudo, ou quase, que exista de melhor em outras cidades litorâneas e que essa melhoria seja um passo em direção à recuperação dos excluídos, das favelas, das invasões e do desempenho da cidade como um todo.


     Temos que deixar de lado exemplos deploráveis que existem em algumas cidades do litoral do Brasil, onde até já residi, cujas orlas são maravilhosas, dignas de cartão postal, porém seu interior assemelha-se a guetos e labirintos tristes e paupérrimos, aonde dificilmente chega o poder público, tornando aquele cidadão um ser de segunda classe.


     Precisamos abrir nossos olhos para a qualidade e, para tanto, urge iniciarmos o processo de qualificação de nossa gente e cuidarmos para que não aconteça o que é uma tendência atual, os arrastões e invasões, motivados pelo abandono e posturas contemplativas de nossas autoridades.
(continua)

Um comentário:

  1. Prof Daniel, favor entrar em contato urgente no meu email lucianajunqueira@hotmail.com
    Grata, Luciana

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