Guaratuba, 22 de agosto de 2013.
Para Ouvidoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
(Registro de
Recebimento 13277/2013-41)
Prezado Senhor Ouvidor:
Considerando, o Art. 3º da Resolução 646/ANTAQ de 06/10/2006
a ANTAQ tem a finalidade de regular, supervisionar e fiscalizar as atividades
de prestação de serviços aquaviários e de exploração da infraestrutura
portuária e aquaviária, exercida por terceiros, com vistas a: a) garantir a
movimentação de pessoas e bens em cumprimento aos padrões de eficiência,
segurança, conforto, regularidade, pontualidade e modicidade nos fretes e
tarifas;
Considerando, em síntese que a competência de fiscalização
de transporte de pessoas por balsas e/ou Ferry Boats é da ANTAQ e observando
que as prerrogativas específicas da Marinha do Brasil, nos assuntos de
segurança da navegação e do DNIT
no que corresponde à manutenção e conservação das vias navegáveis, excluindo-se, nessas matérias, qualquer competência dos Estados e Municípios, que agora é de conhecimento; (destaque nosso)
no que corresponde à manutenção e conservação das vias navegáveis, excluindo-se, nessas matérias, qualquer competência dos Estados e Municípios, que agora é de conhecimento; (destaque nosso)
Considerando, que há dias fizemos contato com os setores
responsáveis pelo transporte aquaviário no país e, após os prazos legais, nos
foi informado a jurisprudência e dispositivos legais para embasarmos nossa
denúncia, a qual antecipamos informações que filmes, vídeos e fotos, estão
disponíveis nos sites YouTube e Google, e, se a fiscalização for lá verá “in loco”
o relatado, pois trata-se de acontecimentos que ocorrem diariamente;
Considerando, que as atividades de reformas de atracadouros,
ferry boats, balsas e rebocadores são efetuados numa oficina própria às margens
da baía em terreno da concessionária CTG e todos os resíduos são lançados à
Baía de Guaratuba, ferindo também a biodiversidade;
Considerando, os sérios problemas com a CTG que faz a
travessia de passageiros, veículos e cargas na navegação interior de travessia,
tanto pelas velhas e deterioradas barcaças, quanto pela incapacidade de seus
funcionários, os quais, não têm nenhum preparo técnico, não sabendo nem
operar um simples GPS, o que vem acarretando todo tipo de problemas, a saber:
a) Trata-se
de uma travessia interior, ligação marítima entre a cidade de Guaratuba litoral
do Paraná ao Estado do Paraná, pelo estreito da baía de Guaratuba;
b) Essa
travessia é de suma importância para a cidade e seus moradores, bem como é um
elo de integração sócio-econômico, financeiro e social com os municípios
circunvizinhos que também dela dependem;
c) Também
podemos alertar para o intenso fluxo de veículos na temporada de verão que
ocorre nos meses de Novembro a Fevereiro, onde as filas intermináveis acarretam
sempre maiores e constantes problemas, prejudicando a economia municipal;
d) Considerando
que a manutenção, tanto dos Ferry Boats quanto das balsas e seus atracadores
sempre foi precária, vários acidentes tem ocorrido;
e) Balsas
e rebocadores que não mantêm o mínimo de condições de abrigo decente aos
usuários, também os embarcadouros em ambos os lados, que foram reduzidos em sua
utilização aumentando o tempo de espera para a travessia;
f) Desrespeito
à prestação de serviços contínuos em virtude de interrupção quando de ventos
fortes e neblina, tem prejudicado todos os usuários que têm interesses comuns
na travessia, comerciantes, estudantes, ambulâncias, transporte de perecíveis,
e, se considerarmos ainda o intenso tráfego de caminhões de transporte de
containers e outros, com destino aos Portos de Paranaguá de um lado e de outro
o Porto de Itapoá/SC , a situação fica ainda mais complicada;
g) Há
15 dias tivemos uma barcaça à deriva que navegou sem controle até a saída da barra
em sentido ao mar aberto tendo sido socorrida por outro rebocador; (YouTube);
h) Recentemente
a situação chegou ao extremo, onde foi necessária a vinda de marinheiros
experientes do Porto de Paranaguá para operarem os rebocadores numa travessia
com neblina, em virtude do tamanho da fila de espera;
i)
Ontem à noite 21/08/2013, a situação fugiu do
controle e duas embarcações se abalroaram, fato este que se repetiu hoje (22/08/2013)
pela manhã com novo abalroamento entre as barcaças;
j)
Existe na cidade e região um movimento a favor
de construção de uma ponte, que teve inicio em virtude desses contratempos com
a CTG que tem cobrado de governos das três esferas e políticos municipais e
estaduais as melhorias, porém, todos jogam responsabilidades a outrem, cuja
competência agora sabemos ser da ANTAQ;
k) As
manifestações populares e exigência de novas e modernas embarcações, bem como
um número maior de embarcações levou a empresa a, para safar-se de possível
atendimento, a demolir (para reforma) dois embarcadouros (um de cada lado)
criando com isso o impedimento físico de aumentar as embarcações na travessia,
mantendo os usuários a mercê de suas decisões.
Apresentamos em caráter de denúncia ao
órgão competente, com cópias à outros órgãos envolvidos, certo que essa
Ouvidoria ensejará esforços tais que uma rígida e séria fiscalização seja
efetuada na empresa citada, sendo condicionada a urgência que o fato exige, em
função de sérios riscos de vida a que todos os usuários estão submetidos.
Lamentamos não juntar as provas cabíveis em
virtude do impedimento de acesso ao terminal e o rígido controle de pessoas
estranhas à companhia, entretanto uma fiscalização não terá nenhuma dificuldade
em comprovar o denunciado.
Sugerimos, outrossim, s.m.j., que seja
determinado à empresa CTG que disponibilize à população um rebocador rápido de porte suficiente para
uma travessia em caráter de urgência quando se tratar de ambulâncias e/ou
veículo no transporte de doentes, desvinculado do atracadouro e das
travessias usuais, em caráter definitivo.
É a denúncia!
Denunciado: Concessionária da Travessia de
Guaratuba S/A (Sucessora de F. Andreis)
Denunciante: Daniel M. Moreira
Foto ilustrativa
Socorro Guaratuba esta pedindo SOCORRO< nos livrem deste martirio .
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