Algumas
pessoas têm seu “modo de viver” e devem ser respeitadas em suas opiniões sempre
dentro do princípio democrático que lhe faculta a constituição, salvo quando
sua manifestação instiga algo que pode gerar um prejuízo a um todo, assim sendo,
devem seguir as leis e regras já estabelecidas.
Em que pese às
queixas sobre supervaloração de preços e explorações em geral, com as quais eu
não concordo, mas fui convencido que os preços altos devidamente acompanhados
pela oferta de qualidade e diversidade podem gerar uma situação de melhora
quanto às pessoas e famílias que procurarão nossas praias pelas belezas e por
um turismo melhor, fato que trará a cidade um novo contingente de pessoas cujo
foco foge do “praia somente” (quando não chove), situação que os levará a
procura dos lindos recantos que aqui temos e quase não são visitados.
Podemos
afirmar que o turismo de massa, considerando o tipo de pessoas que se quer
receber, pode ser um tiro pela culatra e o que ouvimos como lamentação de
comerciantes em uma fraca e chuvosa temporada, após meses de trabalho intenso,
tudo aquilo que poderia ser uma situação lucrativa torna-se apenas uma
frustração, na esperança que a próxima temporada seja melhor. Entretanto,
quando investimos em um turismo de melhor qualidade onde o foco são pessoas com
situação de vida definida, financeiramente resolvidas, podemos acreditar que
teremos lucros maiores com menos esforço e o ano inteiro, acreditem se
quiserem.
Permitir que
troquemos a nossa banda pelos trios é aceitar a degeneração e compactuar com a
queda de qualidade do turismo, pois até hoje ouve-se constantemente os chamados de sua lembrança,
o que reaviva em nós o esplendor da Banda de Guaratuba, que no passado foi o
ápice da alegria e união familiar, restando um saudosismo intenso do tempo de
um carnaval sadio e alegre, porém resta hoje, uma noite apenas, o que é pouco.
É evidente
que pelas características “sui generis” de nossa praia, clima, localização,
acreditamos, contrariando o que disse o Deputado Nelson Justus no discurso ontem na
Câmara de Vereadores, o que serve para os baianos, nordestinos e cariocas -
sem preconceito - obrigatoriamente não serve para nós, pois a exploração do
turismo como uma fonte de renda perene
que considera todo o ano, foge de nosso foco atual, bem como o período
carnavalesco que apenas preenche os dias de reinado momesco, sem que seja uma
atividade imprescindível à sobrevivência do turismo, ou seja, com carnaval ou
sem ele, os turistas virão, principalmente as pessoas de mais idade, que primam
pela qualidade e tem o maior poder de compra, os que repelem as badernas de
trios e afins, que no entanto aceitam um carnaval mais conservador e
tranquilo,com era com a nossa Banda.
Observe que
os motivos pelos quais importar estímulos de alegrias falsas e bebedeiras e
submeter-se aos “trios elétricos”, sons de altos decibéis, permissividade de
conduta, uso de substâncias proibidas, homens bêbados e desrespeitosos, travestidos,
urinando em todo e qualquer lugar, não podem ser critérios de melhoria e cito
aqui Arnaldo Jabour, no texto “Putz”, ...”milhares de retardados perseguindo
caminhões carregados de pagodeiros, com objetivo de ficar bêbados e depois
dizerem que o carnaval foi o mais arretado do milênio”, ou o axé do xixi, que descreve
Salvador como a capital do mijo, principalmente no Carnaval, isso é o que
esperaremos do futuro a se manter tal situação, transformar a Avenida 29 de
abril, numa avenida mijada, tal qual mostra a foto, sem alegorias, enfeites,luzes, decoração, apenas a multidão aglomerada que mais parece uma
manifestação política ou um protesto grevista. Quem quer qualidade no Carnaval que faça bem feito!
Fica o alerta de que precisamos nos posicionar
e escolher qual a meta para o turismo que desejamos, incluso o Carnaval e, partindo
do princípio que abominamos o tipo arruaceiro, que foi predominante na avenida
- Carnaval em camarote é outro assunto - restará a luta pela melhoria na
qualidade do turismo, porém, se optarmos pelos “tipos” que nada beneficiam a
cidade, o comércio e não respeitam nem as famílias, fatalmente estaremos
fadados aceitar a coroa de Rainha da Farofa.
Texto do Blog
Foto RPC –
Rede Globo
Mais uma feliz manifestação em seu blog. Há! Saudades dos carnavais de Guaratuba.
ResponderExcluirObrigado Roma. Fico feliz em relembrar momentos alegres e felizes dos guaratubanos, entre outros.
ExcluirDaneil eu não curto carnaval, porém é da nossa cultura! Eu sonho que um dia o carnaval seja uma festa mais cultural e bonita que essa atual xixi, barulho e safadeza! Também gostaria que nosso comércio não elevassem os preços só porque é temporada não acho nada legal essa atitude!
ResponderExcluirUma cidade organizada, limpa, segura, honesta e alegre geraria turismo o ano todo! Prefiro que seja conhecida como uma cidade bem administrada a Rainha da farofa!
Isso é o que esperamos, a luta é para que troquemos a quantidade pela qualidade, todos ganharão.Obrigado
ExcluirAlgumas pessoas parecem gostar deste título. Particularmente acho que este tipo de turismo nada trás para Guaratuba a não ser confusão. Como é bom receber pessoas que apreciam o sol, mar, boa comida e boa música. Guaratuba tem que investir mais neste sentido!
ResponderExcluirObrigado pela participação sempre inteligente.
ExcluirCaro Daniel,
ResponderExcluirpara que um dia, possamos ter um turismo de qualidade, e isso certamente exclui os "retardados" que correm, sem rumo, atrás do trio elétrico, é necessário que TODOS que dependem direta (hotéis, pousadas, restaurantes, casas noturnas), ou indiretamente do turismo (aqueles que esperam o ano todo pela temporada para arranjar um emprego temporário, e sabem que é apenas isso), é necessário que esses empresários “reclamões” e a própria população que depende disso, coloquem os pés fora de seus estabelecimentos e de suas casas, e observem, vejam e enxerguem o POTENCIAL INEXPLORADO E DESPERDIÇADO que é a atividade turística em Guaratuba. Haja vista, que Guaratuba, às vésperas da Copa do Mundo (com uma das sedes em Curitiba) sequer existe para o Ministério do Turismo. Vejam o link do Ministério e confiram:
http://www.turismobrasil.gov.br/system/modules/br.gov.turismo.promocional/templates/geral/geral_resultado_busca.jsp. Aparecem 08 roteiros. Onde está Guaratuba? Culpa do Ministério do Turismo???
Da mesma forma, a Secretaria de Turismo do Paraná, em ROTEIROS DO LITORAL DO PARANÁ, http://www.turismo.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=478, vejam o link, em 24 roteiros não há nenhum roteiro que se reporte diretamente, objetivamente, que realce o potencial da região. Culpa da Secretaria de Turismo do Paraná???
Quantos dos moradores daqui já se interessaram em conhecer os rios, as ilhas, o mangue, enfim a Baía de Guaratuba? Quantos, ao olharem para o outro lado da baía, sabem que aquele mangue que daqui é visto, é a Ilha Sepultura, cuja beleza é impar? Quantos ao avistarem o Morro Cabaraquara (que pode ser observado de qualquer local da cidade. Perto ou longe) sabem que se chama Cabaraquara e está numa das mais belas áreas de Mata Atlântica? E conservada?
Já não é sem tempo, de a população, empresários e governantes dessa cidade, perderem o complexo de vira latas que assola, infelizmente, nosso País, e olhar para Guaratuba com orgulho, com carinho e com a satisfação de termos ótima qualidade de vida e um potencial turístico invejável, ainda inexplorado.
João Camargo Mello Filho.
Caro João: Há muito temos batido nessa tecla, veja o post de 2011, quando ainda residia em Joinville (http://bloguaratuba.blogspot.com.br/2011/07/turismo-quantidade-ou-qualidade-temos.html ) já tratávamos do assunto e continuamos nos manifestando, agora com maior participação de leitores, o que muito me agrada. Como você disse os empresários de Guaratuba são mesmo "reclamões" querem vislumbrar apenas o bolso cheio a cada temporada, o resto não se importam. Obrigado e abraços
ExcluirJoão Camargo Mello Filho falou tudo! clap clap clap!
ResponderExcluirCuritibano a 5 gerações sendo em 3 delas tendo Guaratuba não como o "quintal" da minha casa mas como um oásis que deleitou minha infância e adolescência com maravilhas de sua natureza, simplicidade de seu povo nativo (que não existe mais) e outras perfumarias como a Banda de Guaratuba (que estive na primeira delas - elitista e democrática...), sorveteria Caramba (claro, a Bom Sucesso também...), Copa 70 e Monte Cristo...
ResponderExcluirRainha da farofa, balneário do mijo, praia da virose... falaram tudo nos comentários acima.
Guaratuba em baixa temporada transformou-se numa "cidade pobre do interior paranaense", com o IDH abaixo de cidades até do N e NE do país, junto com outras cidades do interior do PR (70% delas com o IDH abaixo da média nacional).
Guaratuba na temporada transformou-se num centro de exploração: "Praia" barata, comércio de baixíssimo nível, turismo inexistente pousadas a R$10 a diária sem um mínimo de decência....Absolutamente nada contra as pessoas (que seria eu para tal...) mas contra o que elas fazem contra a natureza e a divindade humana coletiva...
Quem gera $$ já foi a muito tempo para SC. Ou está emurado nas mansões reclusas em alguns condomínios ou penduradas sobre os poucos morros locais.
Será que tem salvação??
Aniversário do post de 2013, serve hoje como uma luva para o Carnaval e temporada que se finda hoje, até a foto é igual. Creio que daqui em diante a tendência é piorar.
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